Jovens jogadores angolanos com falsos contratos recebiam 250 euros por mês
Louletano e dois dirigentes foram acusados de nove crimes de auxílio à imigração ilegal. Clube diz-se tranquilo.
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O Louletano e dois dos seus dirigentes, Paulo Tomasete e Gilson Pagani, foram acusados de nove crimes de auxílio à imigração ilegal e outros tantos de falsificação de documentos.
Segundo o Ministério Público (MP), o clube algarvio falsificou contratos de trabalho para inscrever jogadores angolanos na equipa B de futebol e lucrar com os 410 mil euros pagos por uma academia angolana. O dinheiro deveria suportar os custos com os atletas, mas estes só recebiam entre 250 e 300 euros mensais. Ao abrigo de um protocolo entre o Louletano Desportos Clube e a Academia de Futebol de Angola (AFA), nove jogadores deste país rumaram a Portugal, no verão de 2019. Para entrarem no país, apresentaram cartas-convite assinadas pelo vice-presidente do Louletano, Paulo Tomasete, a explicar que vinham fazer testes para provar o seu talento futebolístico.