Juízas da grávida da Murtosa são as mesmas que condenaram pai de Mónica por tráfico
As três juízas do coletivo que vai julgar Fernando Valente acusado do homicídio da grávida da Murtosa, já julgaram e condenaram o pai de Mónica Silva por um crime de tráfico de menor quantidade. A juíza-presidente também já contactou com Mónica por ter sido a magistrada do seu divórcio.
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No dia 28 de fevereiro de 2024, Alfredo Silva, pai da grávida desaparecida da Murtosa, foi condenado pelo Tribunal de Aveiro, a dois anos e dois meses de prisão, com suspensão de pena, por igual período. O homem, de 58 anos, foi sentenciado com dois anos e dois meses e com várias condições, como regime de prova, o que lhe permitiu deixar a medida de coação de prisão domiciliária com pulseira eletrónica.
Segundo disse na sala de audiências a juíza-presidente do Coletivo de Aveiro, não se provaram todos os factos de que Alfredo Silva vinha acusado e, por isso, foram encarados como sendo de menor gravidade. A acusação referia crimes de tráfico de cocaína, crack e haxixe.
Diana Nunes, que vai liderar o coletivo do caso do homicídio, foi magistrada de Família e Menores e foi ela quem tratou do processo do divórcio de Mónica Silva. O divórcio não chegou a ser decretado por causa do desaparecimento, a 3 de outubro de 2023.
É a mesma Diana Nunes, juíza há 22 anos, que ordenou que o julgamento decorresse à porta fechada, sem jornalistas nem público. O tribunal irá apenas emitir notas "com as informações que o tribunal entenda que se justifique serem prestadas".