Sob fortes medidas de segurança, asseguradas pela PSP, começa esta segunda-feira, no Tribunal de Beja, o julgamento de um gangue de traficantes de estupefacientes liderados por um indivíduo conhecido pela alcunha de "Pópó", a quem a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu 1.2 milhões de euros, a grande maioria entaipados nas paredes de um armazém.
Corpo do artigo
Quando na manhã do dia 20 de maio de 2021, os inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da PJ entraram num armazém, localizado na Aldeia do Ronquenho, em Ferreira do Alentejo, encontraram 908 embalagens de canábis, com o peso global de 91,5 quilogramas e 300 mil euros escondidos num automóvel.
O resto das notas, mais de 900 mil euros, estava escondido na parede do edifício, dissimulado com placas de madeira. Apesar de bem escondidas, os inspetores da PJ não se deixaram iludir e encontraram a fortuna.
Mais onze arguidos
Além de Joaquim F., conhecido por "Pópó", que está em prisão preventiva, são julgados mais 11 arguidos, com idades entre os 27 e os 44 anos, sendo quatro do Alentejo e os restantes da Quinta do Conde, Setúbal, Almada e Lisboa.
Os arguidos estão acusados dos crimes de tráfico de estupefacientes agravado, branqueamento, favorecimento pessoal, dano agravado e detenção de arma proibida.
A canábis era adquirida em grandes quantidades a indivíduos residentes em Espanha, tanto pelo líder do grupo, "Pópó", como pelos outros arguidos a seu mando e destinava-se a abastecer "revendedores" na Grande Lisboa.