Luís Filipe Vieira já foi notificado pelo Tribunal Central de Instrução Criminal de que pode sair de casa, terminando assim a medida de prisão domiciliária a que estava sujeito até à apresentação de garantias de prestação de caução.
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O juiz Carlos Alexandre aceitou na quinta-feira o pagamento da caução de Luís Filipe Vieira, no valor de três milhões de euros, e deu esta sexta-feira ordem de libertação, avança a TSF.
Luís Filipe Vieira fica agora sujeito às outras medidas de coação que lhe tinham sido impostas. Está proibido de abandonar o país e de contactar com os arguidos do processo, à exceção do filho, com os membros do Conselho de Administração da Benfica SAD, e com administradores e funcionários do Novo Banco, além do ex-administrador Vítor Fernandes.
As garantias dadas pelo antigo presidente do Benfica foram dois prédios e 240 mil euros. Cada um dos dois imóveis que o ex-líder das águias ofereceu como hipoteca para permanecer em liberdade, ambos situados no Dafundo, em Oeiras, está avaliado em 1 milhão e 380 mil euros. Segundo o gabinete do juiz presidente da Comarca de Lisboa, Vieira propôs também "realizar um depósito em numerário no valor de 240 mil euros" para perfazer o restante valor da caução fixada em três milhões de euros.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na investigação Cartão Vermelho, que envolve, segundo o Ministério Público, "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades", ocorridos "a partir de 2014". Está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.
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