PJ faz balanço de operação com oito presos e 15 toneladas de haxixe apreendidas.
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Um navio que pertenceu a uma organização não governamental de resgate de migrantes no Mediterrâneo foi utilizado por uma rede internacional para transportar 15 toneladas de haxixe. O barco foi modificado num estaleiro em Portimão, no Algarve, de onde viajou até Marrocos para carregar a droga. Foi intercetado ao largo de Huelva, em Espanha.
A rede foi investigada pela Guardia Civil espanhola, em colaboração com a Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) e a Europol, e levou à detenção de oito homens. Segundo revelou ontem a PJ, o "Seefuchs", de fabrico alemão e com pavilhão holandês, foi detetado em Portimão em dezembro de 2020. Um mês antes tinha sido adquirido pelo grupo criminoso e levado para Portimão onde lhe alteraram a cor e aumentaram a capacidade de armazenamento.
As alterações não foram, no entanto, suficientes para escapar ao controlo das autoridades, que já o tinham referenciado. Em junho deste ano partiu para Marrocos, sob estreita monitorização, para carregar a droga. Depois, seguiu viagem em direção ao Estreito de Gibraltar, acabando por ser intercetado a cerca de 100 milhas náuticas a sul da costa espanhola, tal como o JN noticiou na altura.
Segundo a Guardia Civil, a organização aproveitou um exercício militar na costa marroquina de Agadir para tentar passar despercebida e carregar os fardos de haxixe. Esta foi uma das maiores apreensões de haxixe em Huelva.