Alguns órgãos de comunicação social internacionais noticiaram com destaque a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro José Sócrates, decretada pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, dois dias após a sua detenção à chegada ao aeroporto de Lisboa.
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Citando as informações da imprensa portuguesa, a agência de notícias francesa, AFP (Agence France-Presse), titulou às 22:28 "Portugal: Ex-primeiro-ministro José Sócrates colocado em prisão preventiva", precisando que a medida de coação foi decretada pela justiça portuguesa após "um interrogatório-maratona", por suspeitas de crimes de "fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais".
Em Espanha, a agência noticiosa EFE escreveu, às 22:27, "Prisão preventiva para o ex-primeiro-ministro luso José Sócrates", acrescentando, posteriormente, que o seu advogado, João Araújo, anunciou já que vai recorrer da medida, que classificou como "injusta e injustificada".
A agência espanhola sublinha ainda que "depois de mais de 25 anos na política", Sócrates, que também foi ministro do Ambiente, "já foi associado a outros casos de corrupção, como o ligado ao centro comercial Freeport ou a operação Monte Branco, relacionada com o extinto Banco Espírito Santo (BES)".
A edição eletrónica do maior diário espanhol, El País, noticiou às 23:02 a aplicação ao antigo chefe do executivo português, entre 2005 e 2011, da mais grave medida de coação prevista na lei: "Juiz manda para a prisão o ex-primeiro-ministro de Portugal José Sócrates".
O El Mundo destacou igualmente o caso na sua edição 'online', às 22:48, titulando: "Prisão preventiva para o ex-primeiro-ministro português José Sócrates".
Também o ABC coloca em destaque a medida de coação máxima aplicada ao ex-primeiro-ministro, acompanhada de uma fotografia de Sócrates quando ainda estava em funções e titulando: "O juiz decreta prisão preventiva para o ex-primeiro-ministro luso José Sócrates".
Também os diários franceses Libération e Le Monde deram a notícia nos seus 'sites' da internet, este último citando a AFP, e explicando que "a investigação incide sobre operações bancárias e transferências de dinheiro de origem desconhecida, segundo a polícia, interrogando-se os investigadores sobre somas elevadas transferidas para a conta de Sócrates, que parecem incompatíveis com os rendimentos que ele declarou ao fisco".