A multinacional farmacêutica Octapharma cessou, esta terça-feira, o vínculo contratual que mantinha com o ex-primeiro-ministro José Sócrates, em prisão preventiva em Évora, indiciado pelos crimes de branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal qualificada.
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A Octapharma referiu, em comunicado enviado à agência Lusa, que, "face aos últimos desenvolvimentos, entende não estarem reunidas as condições para manter a colaboração com José Sócrates".
A empresa, com sede na Suíça, esclareceu que José Sócrates "integrou o Conselho Consultivo para a América Latina (...) desde janeiro de 2013, justificadas pelo conhecimento que este tinha do referido mercado".
"O relacionamento profissional entre a Octapharma AG e José Sócrates sempre se pautou pelo estrito cumprimento da Lei e por um vínculo contratual claro e transparente", acrescenta a Octapharma.
A Octapharma afirma ainda que as funções de Sócrates "nunca envolveram qualquer atividade em Portugal ou relacionamento com a filial portuguesa", e que manifestou disponibilidade "para colaborar com as autoridades, esclarecendo toda e qualquer questão que possa surgir, por parte destas, em qualquer âmbito".
A multinacional salientou ainda que Sócrates, em prisão preventiva em Évora, "goza, como todo e qualquer cidadão, de presunção de inocência".