O padrasto de duas irmãs gémeas, de 12 anos, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra, esta semana, por suspeita de ter abusado sexualmente de ambas as menores.
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Com 30 anos e residência na zona da Sertã, distrito de Castelo Branco, o homem cometeu os crimes "de forma reiterada", desde novembro do ano passado, sobre as duas crianças "em simultâneo", apurou o JN junto de fonte policial.
O suspeito, que estava desempregado e fazia uns biscates na agricultura e na construção civil, foi denunciado à Diretoria do Centro da PJ no final de semana passada. Seria detido na última terça-feira e interrogado por um juiz anteontem, tendo ficado, nesta data, sujeito à mais pesada das medidas de coação: prisão preventiva.
O homem vivia em união de facto com a mãe das vítimas, há cerca de três anos, e terá começado a cometer os abusos no final de 2020, sem que as crianças o denunciassem. "Foram-se sujeitando aos abusos, porque sabiam que, se os revelassem, a relação da mãe com o padrasto acabava", explica fonte da PJ.
Porém, recentemente, as menores acabaram por contar o que se passava - abusos sexuais dos mais graves, à luz da lei penal - a uma irmã que não morava com elas. A mãe e o pai foram então alertados, tendo este denunciado o caso às autoridades.
Segundo apurou a Judiciária, os abusos eram cometidos na casa onde o homem vivia com as enteadas e em ocasiões em que a mãe das vítimas saíra para trabalhar.
Fonte policial sublinhou ainda o facto, pouco comum, de as gémeas terem sofrido os abusos "na presença uma da outra".
Apoio psicológico
Elementos da Polícia Judiciária responsáveis pela investigação tomaram a iniciativa de recomendar que as menores abusadas pelo padrasto recebam apoio psicológico.
Segundo o Código Penal, quem praticar ato sexual de relevo com ou em menor de 14 anos, ou o levar a praticá-lo com outra pessoa, é punido com pena de prisão de um a oito anos. Se o ato for de cópula, coito anal ou oral, ou introdução vaginal ou anal de partes do corpo ou objetos, a pena vai de três a dez anos.