O professor do Agrupamento de Escolas de Odemira suspeito de oito crimes de abuso sexual de menores e um de perseguição queria voltar ao ativo, mas a Relação de Évora decidiu mantê-lo suspenso, como ordenara o juiz de instrução de Odemira. Além disso, continuará proibido de contactar com uma aluna, de 16 anos.
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O arguido, de 53 anos, recorreu das medidas de coação, mas, a 5 deste mês, o Tribunal da Relação de Évora (TRE) só revogou aquela que o obrigava a apresentar-se quinzenalmente no posto policial mais perto da sua residência. O homem reside na Área Metropolitana do Porto.
O caso foi espoletado quando 23 alunos, de ambos os sexos, apresentaram uma queixa conjunta à direção da escola, e, posteriormente, ao Ministério Público (MP) de Odemira, “visando os comportamentos desadequados do professor”. Foram ouvidas pelo MP dez alunas.
O professor é suspeito de contactos físicos não consentidos com uma aluna de 16 anos, a quem terá proposto uma nota 20 em troca de “algo”.
O MP de Odemira disse que o arguido “nega os factos, não reconhece a inadequação da sua conduta, e quando intimado pela queixa apresentada, tentou intimidar e amedrontar as alunas vítimas”. Revela “um sentimento de impunidade e também não interiorizou a gravidade da situação”, rematou.
Para o TRE, a prova nos autos “faz completa tábua rasa da versão do arguido.
O processo continua a correr termos no Ministério Público de Odemira, se aguardando-se que aqui se profira despacho de acusação ou de arquivamento.