José Sócrates chegou, esta segunda-feira, ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisbo a Lisboa, pelas 9.25 horas, onde vai ser ouvido pelo Ministério Público no inquérito relacionado com a violação do segredo de justiça no processo em que é arguido. O ex-primeiro-ministro deixou o Estabelecimento Prisional de Évora às 8.10 horas numa carrinha celular.
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Seis carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP chegaram um pouco antes, uma medida de segurança que não é habitual nestas circunstâncias.
Além desta força policial, mais de uma dezena de agentes da PSP montaram um cordão de segurança junto à entrada do edifício C do Campus da Justiça,para evitar que os jornalistas se aproximassem.
O advogado de José Sócrates foi visto pelas 10.20 horas no edifício do Departamento de Investigação e Ação Penal.
Detido desde finais de novembro, José Sócrates está em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Évora, indiciado pelos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, num processo que tem ainda como arguidos o seu amigo de longa data, o empresário Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e João Perna, que era motorista do antigo líder do PS.
A inquirição de Sócrates pelo DIAP de Lisboa coincide com a data em que a medida de coação de prisão preventiva aplicada a Sócrates terá que ser reavaliada pelo juiz Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
Entretanto, no sábado, o administrador da farmacêutica Octapharma, Paulo Lalanda Castro, fez saber, através de comunicado, que foi constituído arguido no âmbito da "Operação Marquês", depois de ter sido ouvido, "a seu pedido", pelo procurador Rosário Teixeira.
O administrador da multinacional farmacêutica, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates trabalhou como consultor, ficou sujeito à medida de coação de "termo de identidade e residência, como é de lei", refere o advogado Ricardo Sá Fernandes, em comunicado.