A tia da grávida desaparecida há quase três meses na Murtosa foi processada pelo pai do principal suspeito, Fernando Valente, alegando que Filomena Silva o teria ameaçado de morte, há uma semana, numa marcha pelo aparecimento do corpo da vítima.
Corpo do artigo
Maria Filomena Silva foi convocada quinta-feira para o Posto da GNR da Murtosa, na sequência da queixa apresentada por Manuel Marques Valente, optando por não prestar declarações, com base no direito ao silêncio, consagrado a qualquer arguido.
Tal como o JN reportou, a marcha realizou-se no centro da vila da Murtosa, a 21 de dezembro, tendo terminado à porta da Florista Rosita, que é propriedade dos pais de Fernando Valente, mas não se encontrava lá ninguém.
Maria Filomena Silva não quis comentar a diligência de quinta-feira, no posto da GNR da Murtosa, mas fontes próximas da tia de Mónica Silva, a grávida com quase sete meses e meio de gestação desaparecida há quase três meses, negam tal imputação.
Segundo as mesmas fontes, Maria Filomena Silva, assim como nenhum dos outros participantes na marcha de há uma semana, vislumbraram sequer Manuel Valente, ausente do estabelecimento comercial, pelo que seria impossível proferir-lhe ameaças.
Duas novas pistas pela grávida
Entretanto, Filomena Silva, porta-voz da família da grávida desaparecida, referiu ao JN que atualmente há duas pistas para a eventual localização do corpo de Mónica Silva, em dois locais, um situado na Murtosa e o outro no vizinho concelho de Ovar.
A primeira pista é num terreno agrícola onde se costuma cultivar o milho, em parte alagado, na localidade de Murado Frade, em Bestida, face à Estrada Nacional 109-5, nas imediações Este da Ponte da Varela, que faz ligação com a Torreira.
Paula Costa disse que regressava da Festa de Nossa Senhora das Areias, em São Jacinto, na madrugada de 7 para 8 de outubro, quando inesperadamente se deparou com uma máquina grande e uma carrinha a laborarem, relacionando-o agora com o caso.
A outra pista é uma estrutura com fornos industriais, situada em Ovar, onde familiares de Mónica Silva suspeitam que o corpo possa ter sido incinerado, com base em testemunhos anónimos que lhes chegaram recentemente, segundo disse Filomena Silva.