Redes familiares eram organizadas como empresas. Membros das firmas "Dragão" e "Simão" em silêncio no julgamento.
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O casal Tiago e Andreia geria a rede "Dragão". A mãe Marisa e o filho David, a rede "Simão". A gestão era familiar, mas as duas organizações de tráfico de droga eram dirigidas como verdadeiras empresas. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), tinham estruturas hierárquicas com cargos bem definidos, horários rígidos e folgas semanais. Os alegados cabecilhas e vários membros, detidos em julho de 2024 numa operação da PSP nos bairros da Pasteleira Nova, Pasteleira Velha e Pinheiro Torres, começaram hoje a ser julgados no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Os 25 arguidos, que pertenciam às duas "firmas", optaram todos por ficar em silêncio. Apenas foram identificados e negaram ter as alcunhas atribuídas na acusação. "O Ministério Público fartou-se de inventar alcunhas", ironizou a juíza. A sessão retoma amanhã de manhã com a inquirição das primeiras testemunhas.