O coletivo de juízes do Tribunal de Beja condenou, na terça-feira, um treinador de futebol das camadas de formação a uma pena de nove anos de prisão, em cúmulo jurídico, por seis crimes de pornografia de menores, dois dos quais agravados, e um de abuso sexual de crianças.
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João Paulo Silva, de 51 anos, que está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja desde 11 de maio de 2021, foi condenado também a uma pena acessória de proibição de exercício de funções que envolvam contacto regular com menores, por um período de 15 anos. O Tribunal decidiu ainda declarar perdidos a favor do Estado todos os aparelhos eletrónicos e suportes de armazenamento apreendidos ao arguido.
O homem estava acusado de 12.248 crimes de pornografia de menores, sete dos quais agravados, e seis crimes de abuso sexual de crianças.
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João Paulo Silva começou a ser investigado em abril de 2019, em Lisboa, e foi detido dois anos depois, em Beja, onde residia e geria um posto de combustível. Segundo o acórdão do coletivo de juízes, a filha de João Paulo Silva assistiu à detenção do pai e à busca efetuada na residência, sendo que, depois da prisão, nunca mais estabeleceu qualquer contacto com o homem.
Desde os 18 anos que o indivíduo se dedicava a colecionar e a divulgar fotografias e vídeos de jovens rapazes e raparigas, na sua maioria menores de 14 anos. O Ministério Público (MP) definiu o arguido como uma pessoa detentora de uma personalidade distorcida e com um distúrbio sexual incontrolável.
Ao longo de 2020, o indivíduo criou uma página no Instagram, onde se fez passar por um menor e onde manteve conversas e aliciou jovens, todos menores de idade, a alinhar nos seus propósitos libidinosos.
No âmbito da busca na residência de João Pedro Silva, a Polícia Judiciária apreendeu dezenas de discos rígidos, CD's, USB's e telemóveis, contendo milhares de fotografias e vídeos de menores em poses sexuais.
O indivíduo foi treinador no G.D.Estoril-Praia, S.C.Lourel, G.F.Os Montelavarenses S.U.1º de Dezembro, A.C.Alcacerense e S.C.Ferreirense de Ferreira do Alentejo (2019 a 2020), sempre trabalhando com jovens entre os oito e os 15 anos.
Outra condenação em Beja
Um indivíduo de 26 anos foi condenado a pena efetiva de prisão de quatro anos, por um crime de pornografia de menores, na forma agravada e proibição de contacto regular com menores, pelo período de dez anos.