São mais de 30 toneladas que estão nos Bombeiros de Vila do Conde e têm de ir para uma empresa de Beja.
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Marta Nogueira conseguiu juntar 32,5 toneladas de tampinhas para ajudar nas despesas com as terapias intensivas e as várias cirurgias que tem feito desde que foi baleada na cabeça pelo ex-namorado, em 2015, no Pinhão. Mas ainda não tem quem ofereça o transporte para uma empresa de reciclagem do Alentejo, e volta a apelar à solidariedade.
À espera desse gesto solidário, os 26 "big bags" estão desde dezembro armazenados na secção de Vilar de Pinheiro dos Bombeiros de Vila do Conde, que se associou à campanha "Menina Milagre", lançada em setembro pela Associação Desportiva de Árvore Forças Segurança Unidas (ADAFSU) para dinamizar a recolha.
O transporte para a Resialentejo, em Beja, chegou a estar apalavrado com um particular, que "tinha prometido o camião a Marta, mas que falhou e está incontactável", explica o presidente da coletividade de Vila do Conde, Bruno Brini, sublinhando que as tampas "já deviam ter seguido". Até porque a verba angariada com as mais de 32 toneladas de plástico "faz falta para os tratamentos" da jovem de 26 anos, de S. João da Pesqueira, que vive com duas balas alojadas na cabeça.
"A empresa paga diretamente à clínica. Pela Marta não passa dinheiro nenhum: vai para as sessões de fisioterapia, que são muito caras", lembra o dirigente da ADAFSU, que vinca que "o transporte não é muito barato" e "não faz sentido" custeá-lo no âmbito de uma ação solidária.
"Lá se vai o lucro das tampinhas", diz ao JN Marta Nogueira, que contava com o transporte que fora combinado em janeiro e agora lançou na página de Facebook "Vamos ajudar a Marta Nogueira" o apelo a qualquer "empresa de camiões, que queira ser solidária".
"Acredito que vai haver um ser humano solidário que conheça a história da Marta e que vai ajudar", diz Bruno Brini.