Rebekah Brooks, ex-directora dos jornais britânicos do grupo Murdoch, foi este domingo detida pela polícia de Londres, no caso do escândalo das escutas, informou a cadeia de televisão Sky News, que faz parte do império do magnata dos media.
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Pouco antes, a Scotland Yard anunciou a detenção de uma mulher de 43 anos, suspeita "de envolvimento na interceção de comunicações" e "corrupção", sem especificar a sua identidade.
Esta é a décima detenção no âmbito do caso das escutas telefónicas feitas em larga escala pelo tablóide News of the World, que encerrou há uma semana devido a este escândalo.
A directora da News International demitiu-se na sexta-feira das suas funções. Rebekah Brooks dirigiu o jornal entre 2000 e 2003 quando tiveram lugar parte das escutas a políticos, famosos e muitas outras pessoas, incluindo vítimas de crimes, em busca de exclusivos.
Brooks tinha sido convocada pela comissão de 'media' do parlamento britânico para ser ouvida na terça-feira sobre este caso, tal como aconteceu com Rupert Murdoch e com o seu filho James.
A polícia já tinha detido na quinta-feita Neil Wallis, que exerceu funções na direção do jornal entre 2003 e 2007.
Andy Coulson, um outro elemento que pertenceu à direção do jornal e foi depois diretor de comunicação do primeiro-ministro britânico, David Cameron, também foi detido a 8 de julho, mas foi libertado horas depois sob caução.
Coulson, que afirma nada saber sobre as práticas ilegais que eram feitas com a ajuda de detetives privados, tinha-se demitido em janeiro passado de diretor de comunicação de Cameron devido a este escândalo.
O caso ganhou novas proporções no início deste mês, depois de ter sido divulgado que os jornalistas do News of the World teriam acedido ilicitamente à caixa de mensagens telefónicas de Milly Dowler, uma jovem de 13 anos raptada e assassinada em 2002.