A Impresa, grupo que detém, entre outros, a SIC, obteve um prejuízo de 3,4 milhões de euros no primeiro trimestre, o que compara com perdas de 896 mil euros em Março de 2010, anunciou a empresa de Francisco Pinto Balsemão.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa avança ainda uma descida de 6,1% das receitas consolidadas para 57,8 milhões de euros, justificando a descida sobretudo com "a quebra nas receitas de multimédia e dos produtos associados", noticia a agência Lusa.
As receitas de multimédia caíram 41,2% devido sobretudo à final do programa 'Ídolos' em Fevereiro de 2010, "que não se repetiu no primeiro trimestre de 2011 (terminou em Dezembro 2010)", avança a Impresa.
Já as receitas de subscrição de canais aumentaram 6,2%impulsionadas "novamente, pela área internacional e pelo ligeiro crescimento do mercado doméstico", refere a empresa, divulgando também a descida de 1,1% das receitas publicitárias, "reflectindo, todavia um melhor desempenho que o mercado publicitário".
A Impresa explica que no mesmo período, apenas se registaram aumentos na publicidade nos canais temáticos e na Internet.
As vendas de publicações desceram 8,4%, afectadas pela descontinuação de algumas publicações, assim como a venda de produtos associados caiu 70,1%, com um menor número de coleções lançadas durante este período.
A empresa destaca contudo que houve um aumento das outras receitas em 33,4% e adianta que a dívida líquida se situou nos 231 milhões de euros, equivalentes a uma redução de 14,4 milhões de euros em termos homólogos.
Os custos operacionais reduziram-se em 2,1%, o que permitiu atingir um EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) positivo de 726 mil euros.
No que diz respeito à SIC, o primeiro trimestre de 2011 acabou com receitas totais de 38,4 milhões de euros, o que representou uma descida de 3,1%, afectada pela quebra das receitas de multimédia.
Os canais da família SIC - SIC generalista, SIC Notícias, SIC Radical, SIC Mulher e SIC K -, representaram, no seu conjunto, uma audiência média de 25,3%, "liderando no universo do cabo".
As receitas de publicidade, acrescenta, subiram 1,4%, atingindo 22,3 milhões de euros, "reflectindo uma boa performance nos 'target' comerciais e o crescimento das receitas publicitárias dos canais temáticos. Tanto no canal aberto como nos temáticos, a SIC teve um comportamento melhor que o mercado, reforçando a sua quota de mercado".
No segmento do 'publishing', as receitas totais desceram 11,2 por cento, para 18,3 milhões de euros, uma evolução que foi "afetada pela descontinuação de publicações", como foi o caso da Cosmopolitan e da SurfPortugal.
"As publicações do Grupo Impresa entraram, de forma decisiva, na plataforma 'iPad'. Depois do lançamento da Visão, em dezembro de 2010, foram lançadas, nos primeiros três meses de 2011, as edições da Caras, da Exame e do Expresso, que registaram uma boa aceitação por parte dos leitores e anunciantes", frisa o comunicado.