O Colégio Nacional de Jornalistas revelou, sexta-feira, que entre o ano de 2000 e 2008, na Venezuela, ocorreram mais de mil casos de agressões a jornalistas.
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O Colégio Nacional de Jornalistas é a instituição venezuelana responsável pela atribuição da carteira profissional no país.
"Contabilizamos, dentro da Comissão Nacional de Protecção de Jornalistas, mais de mil agressões à liberdade de expressão, desde o ano de 2000 até 2008. São números que estão documentadas e foram denunciados ante a comissão para a Liberdade de Expressão da OEA e da ONU", disse o seu presidente.
William Echeverría falava á Agência Lusa à margem de uma marcha de centenas de jornalistas até à Procuradoria Geral da República, onde entregaram um documento condenando um ataque, quinta-feira, de simpatizantes do presidente Hugo Chávez, a três dezenas de profissionais da Cadena Capriles, que fez 12 feridos, oito deles com gravidade.
A Cadena Capriles, é uma empresa venezuelana detentora do Últimas Notícias, o jornal de maior tiragem no país, muitas vezes acusada pela oposição de simpatizar com o regime do presidente Hugo Chávez. É também proprietária dos jornais El Mundo e Líder, a revista dominical e do portal digital cadenaglobal.com.
"Há poucas horas, houve ataques a jornalistas da Cadena Capriles, um facto que é inaudito, nunca acontecera no país uma situação como esta", frisou.
"O Colégio da Venezuela declara-se em completa mobilização em todo o país para sair às ruas a protestar", disse.