As canetas para distribuir estão guardadas nos bolsos de trás das calças. Numa mão, uma bandeira da Juventude Popular; na outra, uma corneta de plástico.
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Há quase três anos que Bruno Araújo ingressou na Juventude Popular mas só agora se estreia numa campanha nacional. Segue o líder do CDS para todo lado. "Estou a gostar. A parte melhor é o contacto com as pessoas, o pior é mesmo só o cansaço", explicou o pós-adolescente de Penafiel. Tem 18 anos e convicções fortes. "Claro que concordo com as ideias defendidas por Paulo Portas. Ou não andava aqui atrás dele."
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Com uma campanha poupada, não há muito para distribuir. "Temos canetas, autocolantes e postais...". A família apoia a militância. Mesmo a irmã, mais velha, que "não liga muito" à política. "Os meus pais nunca tentaram influenciar-me. Sempre me apoiaram", assinalou Bruno, frisando que entrou na Juventude Popular "por vontade própria". "Participo nas acções sempre que posso. E mesmo quando não posso...", observou.
E as aulas? Está à espera dos resultados da segunda fase de acesso ao Ensino Superior. Entrou à primeira, mas não para o curso desejado: Comunicação Organizacional. Por enquanto, a hora é de trabalho. Mas não só. "Há tempo para tudo. Também nos divertimos. E conhecemos muitas cidades diferentes", admitiu. Apesar disso, o dia começa sempre cedo, bem cedo, que o líder do partido é madrugador. A preparação física também tem de ser apurada: as arruadas de Portas decorrem sempre a ritmo frenético. Uma coisa é certa, e nisso Bruno concorda com o líder: as coisas, por agora, estão "a correr bem". No final da maratona pelo país, dia 27, Bruno espera continuar a festa.