A edição deste ano do Optimus Alive está na reta final e a organização já revelou as datas do festival em 2014. Phoenix, Tame Impala e Of Monsters and Men foram algumas das bandas que já atuaram no Passeio Marítimo de Algés, este domingo.
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Os Kings of Leon, cabeças-de-cartaz do último dia de festival, só sobem ao palco às 23 horas, mas as atenções já estão focadas na edição de 2014 do festival. Em conferência de imprensa, Álvaro Covões, diretor da Everything is New, promotora do festival, revelou que para o ano o Optimus Alive decorre nos dias 11, 12 e 13 de julho.
Segundo as contas da organização, ao longo destes três dias estiveram no Passeio Marítimo de Algés 150 mil pessoas, menos 4 mil do que no ano passado.
O cartaz deste último dia do festival, onde constam nomes como Kings of Leon, Alt-J, Of Monsters and Men e Django Django, por exemplo, tem obrigado os festivaleiros a uma grande ginástica. Em entrevista ao JN, alguns queixaram-se dos horários praticamente sobrepostos dos concertos de Of Monsters and Men e Tame Impala ou de King of Leon e Alt-J, que exige correria entre o palco principal e o Heineken, para quem não quer perder pitada. A atrapalhar, casa cheia e a dificuldade em atravessar o recinto de uma ponta à outra.
Phoenix a preparar terreno para Kings of Leon
Os Phoenix foram os quartos a atuar no palco principal este domingo e tinham à sua espera uma plateia composta, mas em trânsito. Os franceses tinham estreia marcada para o Optimus Alive de 2010, mas acabaram por cancelar, pelo que eram um dos nomes mais esperados deste terceiro dia.
O espetáculo começou ao som de "Entertainment", single de apresentação do quinto álbum da banda, "Bankrupt!", lançado em fevereiro. Seguir-se-iam duas músicas do álbum anterior, "Lasso" e "Lisztomania", a abrir caminho para canções ainda mais antigas, como "Long Distance Call" ou "Run, Run, Run".
Destaque evidente para "If I Ever Feel Better", que parece ter corrido tão bem que culminou com uma chuva de "obrigadas", berrada pelo vocalista Thomas Mars.
O grupo tinha como "concorrente", no palco Heineken, Twin Shadow, que começara a sua atuação uns minutos antes. A banda de George Lewis Jr, já bem conhecido do público português, conseguiu meter o palco secundário a rebentar pelas costuras. Músicas como "Five Seconds" ou "You Call Me On" deram origem a muitos berros, muitas palmas e muita dança no Heineken e nas imediações.
Rock psicadélico ao cair da noite
O norte-americano foi, por isso, o principal responsável pela correria desenfreada do palco principal para o secundário, após o final do concerto dos Tame Impala.
A banda apostou em "Solitude is Bliss" para iniciar a festa de final de tarde, tendo até tido direito a alguns headbangs nas primeiras filas, ao som de músicas como "Feels Like We Only Go Backwards". As canções dos australianos foram recebidas com muito entusiasmo, à medida que a frente de palco ia ficando cada vez mais compacta. "Já não vínhamos a Portugal há algum tempo e gostamos muito de cá estar", garante o vocalista Kevin Parker.
A aventura rock psicadélica teve em "Apocalypse Dreams" um natural apogeu entre a plateia, bem mais jovem neste terceiro dia. Sem grandes artifícios ou espetacularidade, a banda conduziu o público pela sua boa "groove", recorrendo, sobretudo, à força dos instrumentos.
Islandeses conquistam no Heineken
A estreia em Portugal dos islandeses Of Monsters and Men foi um sucesso estrondoso. O single "Little Talks" tem sido presença assídua nas rádios portuguesas e, pelos vistos, conquistou uma legião de fãs e curiosos que não quiseram perder o primeiro espetáculo da banda por cá. Milhares encavalitados em redor da estrutura do palco Heineken entoavam as letras na perfeição e recebiam com grande entusiasmo as canções de "My head is an animal", disco de estreia do grupo.
Praticantes de um indie folk na linha dos britânicos Mumford&Sons, que atuaram no Alive o ano passado, a banda liderada por Nanna e Raggi mostra em palco uma experiência e segurança que contrasta com a juventude do projeto.
"Mountain Songs" e "Little Talks" foram recebidas como autênticos hinos, de uma banda que encaixaria perfeitamente no palco principal.
No momento da despedida de Of Monsters and Men, que se prevê que regressem em breve para um concerto em nome próprio, já Blaya soltava sensualidade no palco Clubbing.
A dançarina e MC dos Buraka Som Sistema tem disco em nome próprio, "Superfresh", e estreou-se esta noite ao vivo no Optimus Alive. Acompanhada por um DJ e duas dançarinas, Blaya trocou a energia imparável que a caracteriza nos concertos de Buraka por uma postura mais sedutora, mas menos interessante. As canções não oferecem nada de novo e Blaya parece ter ainda um longo caminho a percorrer para conseguir aguentar um espetáculo sozinha em palco.
O último dia de festival começou com os Linda Martini. A banda portuguesa teve à sua espera uma multidão fiel, a provar, mais uma vez, que continuam a ser um caso sério de sucesso, sem precedentes no nosso país. "Dá-me a tua melhor faca" foi a canção escolhida para abrir as hostilidades de um concerto pontuado pelos elogios aos fãs. "Os anos passam e vocês continuam aqui. Obrigada por nos estarem a fazer felizes", agradeceram.