O defesa central Bruno Alves desvalorizou, quase em absoluto, as acusações feitas por Manuel José e Carlos Queiroz à forma como decorreu a preparação da seleção para o Euro 2012.
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"A mim só me compete jogar. Todos têm direito à sua opinião, mas nós tentamos desvalorizar", começou por dizer o jogador do Zenit, antes de admitir que as palavras dos treinadores não caíram muito bem: "Penso que são criticas que não fazem sentido, porque estava tudo programado e só tivemos de cumprir o que nos pediram. Mas todos têm direito à opinião".
O assunto dominou mesmo a conferência de Imprensa do dia da seleção em Opalenica e Bruno Alves encontrou na derrota no amigável com a Turquia como justificação para o "caso". "Não foi o momento oportuno e as críticas surgem depois de um jogo menos feliz e antes de defrontarmos uma das maiores equipas do Mundo. Mas julgo que temos quase todos os portugueses do nosso lado".
Para o pré-estágio, Paulo Bento pediu "concentração e liberdade máximas", palavras que foram bem entendias pelo grupo de trabalho. "Todos os jogadores estão em grandes clubes e são responsáveis. Por isso, o planeamento foi bom, porque os jogadores também precisavam de algum espaço para estar com as famílias. As pessoas queixam-se de tudo: do excesso ou da falta de liberdade", explicou o central.
Depois dos três golos sofridos com a Turquia, Portugal prepara-se para o duelo de sábado com a Alemanha e Bruno Alves que a defesa vão continuar a evoluir: "Trabalhamos diariamente para corrigirmos os erros. Apesar da derrota com a Turquia não perdemos o foco de estarmos num bom momento com a Alemanha".
O jogador do Zenit foi titular indiscutível na fase de apuramento e está pronto para jogar com qualquer companheiro no centro da defesa: "Todos os jogadores do grupo têm qualidade para jogar pela seleção", disse, referindo que o ausente Ricardo Carvalho é um "defesa de nível mundial", mas que os "jogadores eleitos para o Europeu têm capacidades para jogar por Portugal".
Bruno Alves abordou, ainda, as dificuldades esperadas no jogo com a Alemanha, referindo-se especificamente ao ponta-de-lança Mario Gomez: "Portugal tem de tentar anular o coletivo alemão. As individualidades aparecem quase sempre e o Gomez é um excelente avançado, rápido, forte e um grande finalizador. Mas para anularmos o Gomez, temos de anular o coletivo".