Candidatos precisavam de plantar 420 árvores para colmatar poluição ambiental
<p>Para compensar as emissões de dióxido de carbono emitidas pelos automóveis que transportaram os principais candidatos às Legislativas durante a campanha eleitoral seria preciso plantar 420 árvores.</p>
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As contas são feitas de acordo com dados fornecidos pela organização ambiental portuguesa Quercus. Cada hectare composto por cerca de 1100 árvores consegue absorver uma média de 167 toneladas de dióxido de carbono em 30 anos, cerca de 5,57 toneladas por ano.
Das cerca de 420 árvores estimadas necessárias para anular as emissões de dióxido de carbono efectuadas pelos automóveis dos cinco principais candidatos, seria Manuela Ferreira Leite quem mais árvores precisaria de plantar. Para tentar anular as suas emissões em campanha pelo país, a líder do PSD precisaria de plantar aproximadamente 120 árvores.
Já José Sócrates teria a seu cargo cerca de 85 árvores, tantas como Francisco Louçã.
Jerónimo de Sousa precisaria de cerca de 70 árvores para anular as emissões que enviou para a atmosfera durante a campanha eleitoral e Paulo Portas precisaria de cerca de 60 árvores.
Esta não seria, no entanto, a única maneira de tentar diminuir o impacto causado pelo dióxido de carbono libertado para a atmosfera durante a campanha eleitoral.
Segundo Paulo Lucas, da Quercus, plantar árvores "não é a verdadeira solução".
Outras formas de combater o impacto humano no ambiente poderiam passar por "investir em energias renováveis" ou na "conservação de ecossistemas", soluções essas que teriam "efeito imediato" e não a longo prazo, como acontece quando se planta uma árvore para "contrabalançar".
Outra das opções que deveria ter sido tomada pelos candidatos passaria pela utilização de "carros que consomem menos", o que reduziria o número de gases poluentes para a atmosfera.
Os cinco principais candidatos às Legislativas, durante a campanha, percorreram um total de 13547 quilómetros.
Dessa contagem, 3733 correspondem ao percurso de Manuela Ferreira Leite, a candidata que mais quilómetros percorreu, seguida de José Sócrates, com 2800 quilómetros percorridos de automóvel.
Francisco Louçã completou um total de 2672 quilómetros, Jerónimo de Sousa 2319 e Paulo Portas 2023.
As emissões de CO2 efectuadas durante a campanha perfizeram um total de 2,140426 toneladas, correspondendo a maior "fatia" ao automóvel de Manuela Ferreira Leite, que emitiu 0.589814 toneladas de CO2.
O líder do Partido Socialista emitiu um total de 0,4424 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, sendo seguido pelo Bloco de Esquerda, com 0,422176.
Os que menos poluíram foram Jerónimo de Sousa, com 0,366402, e Paulo Portas, com 0,319634 toneladas de dióxido de carbono.