O líder do PSD pediu esta noite, num jantar com mais de mil apoiantes em Ansião, que os eleitores lhe dêem "condições para governar sem desculpas" e mostrou-se confiante que, a 5 de Junho, "haverá um castigo político que é merecido" ao Governo de José Sócrates.
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"Se não querem uma salada russa a governar, se querem mudar o país, dêem-me as condições para poder responder por essa mudança sem deitar as culpas nem desculpas sobre ninguém", disse Pedro Passos Coelho, explicando que "é essa a confiança" que pede a Portugal.
Passos insistiu que "este Governo não tem perdão nem tem desculpa porque teve todas as condições para cumprir o que ficou acordado" e deixou o país "à beira da insolvência, sem dinheiro para pagar salários e pondo em causa a coesão social em Portugal".
Lembrou que por várias vezes o PSD lhe deu a mão - citou até Manuela Ferreira Leite - na aprovação de dois Orçamentos de Estado e de três PEC. "Mas este Governo foi incompetente e incapaz de cumprir connosco. Chegou portanto o momento em que tivemos de dizer 'já basta!'", disse, insistindo que "o que está em causa para Portugal é escolher uma nova liderança, uma liderança que dê o exemplo", voltando a prometer um Governo pequeno e com menos adjuntos e assessores.
Passos acusou Sócrates de ter criado "um embuste" e de estar "em desespero total", referindo-se ao facto de ter acusado o PSD de violar a cultura ancestral da igreja portuguesa. "Ao que chegámos", disse. "Se isto não é o vale tudo, o que é o vale tudo?", questionou.