<p>O grito já tinha ecoado uma vez numa arruada do PS, mas, ontem, quarta-feira, à tarde, em Chaves, tornou-se no maior slogan ouvido nas ruas, sinal da confiança e do entusiasmo com que a comitiva é, por estes dias, recebida por onde passa. </p>
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Os primeiros a gritarem-no foram os elementos da Juventude Socialista, que acompanham o líder em todas as iniciativas, mas ontem, velhos e novos, repetiram-no até à exaustão durante a arruada em Chaves, animada por um grupo de acordeonistas. "Um, dois, três, maioria outra vez", ouviu-se várias vezes, a par de gritos de "PS", "PS" e "Sócrates, amigo, o povo está contigo".
E o povo esteve em peso: primeiro em Bragança, à entrada para um almoço onde Sócrates não participou (só discursou no exterior, no pino do sol, por ter ido gravar o último tempo de antena da campanha) e, ao final da tarde em Chaves, onde pela primeira vez apareceu na comitiva o cabeça de lista pelo distrito, Pedro Silva Pereira.
O líder do PS fez um passeio acelerado pelas ruas do centro histórico, distribuiu cumprimentos e beijinhos (também a muitas crianças), ouviu intenções de voto e ainda recebeu um ramo de cravos vermelhos das mãos de Maria José Severa, 74 anos. "Sou do partido e gosto muito dele", confessou, ao JN, satisfeita por lhe ter conseguido dar um beijo.
António Pirxe, 63 anos, não é militante do PS mas reconhece que Sócrates, "talvez por ter uma raiz transmontana", fez muito pela região de Trás-os-Montes nos últimos quatro anos e, por isso, foi apoiá-lo à arruada.
"O que vale é que isto não demora muito tempo se não dávamos cabo dele com tanta euforia", disse, admitindo que o Governo avançou com obras importantes para travar o declínio populacional da região, como as estradas ou as escolas. "Esta região comete uma injustiça se, no domingo, não lhe der uma maioria no distrito", disse.