<p>Ao som dos "Farra Fanfarra", a caravana bloquista passou e animou a baixa de Lisboa. Naquela que foi uma das maiores arruadas que o Bloco de Esquerda realizou desde o início da campanha, bem organizada e de vozes afinadas, o candidato Francisco Louçã foi da Praça Luís de Camões à "Ginginha", numa caminhada serena, mas pouco discreta.</p>
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"Sócrates e Cavaco vão ver se chove. Não queremos voltar ao séc. XIX", era o mote mais gritado. Francisco Louçã passava pelas ruas, cumprimentava e lá dava os beijinhos da praxe, entre queixas e "vivas".
De manhã, o líder dos bloquistas esteve no Barreiro. "A maioria dos que nos dizem que não podem, nem sequer tentaram". A frase provocadora estava escrita à entrada da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
"Francisco Louçã pelo menos tentou", afirmou um dos quase 300 trabalhadores ao serviço daquela empresa.
O Bloco de Esquerda tentou, pela segunda vez, uma vez que já havia estado no mesmo local aquando das Europeias. "Gostamos muito destas visitas", disse um outro trabalhador que sorriu ao ser questionado se tinha arrumado o posto de trabalho: "Não...nós somos sempre assim organizados".
A mensagem política de ontem dividiu-se entre a resposta ao ministro das Finanças e as pressões sobre o Presidente da República. Louçã foi o primeiro líder político a citar o envolvimento de Fernando Lima e continuar a exigir que Cavaco esclareça qual o verdadeiro envolvimento da Presidência neste caso que caiu como uma bomba na campanha.