Os californianos Linkin Park foram a grande sensação da segunda noite do Rock In Rio. Apesar de nem ter sido cabeça de cartaz, a banda que labora um metal rap orelhudo foi, de longe, aquela que semeou maior entusiasmo nas 83 mil pessoas que ali se juntaram.
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Ao longo de mais de 20 canções, Chester Bennington e Mike Shinoda despejaram hits e novidades do novo disco. E agora podem sair de Lisboa com a certeza de terem sido os responsáveis pela mais efusiva explosão de euforia generalizada do primeiro fim-de-semana do Rock in Rio.
O melhor momento do concerto aconteceu quando Chester Bennington envergou um cachecol do bicampeão nacional ali a escassos quilómetros dos estádios dos rivais.
A seguir vieram os cabeças de cartaz - Smashing Pumpkins - e a atmosfera acalmou. Era tarefa árdua manter o nível de entusiasmo do público e a banda de Billy Corgan esteve longe, muito longe, de consegui-lo. Terá sido, aliás, a primeira grande desilusão do festival.
Já não serão muitos aqueles que acreditam num futuro brilhante de uma banda que deu frutos na década de 90 mas esperava-se um pouco mais. Acontece que Corgan deu um concerto demasiado morno, tão morno que chegou a saber a frio: parecia que estava ali a despachar.
É certo que se trata de música muito mais cerebral e menos física do que aqueles que actuaram anteriormente. Mas isso não justifica a falta de fulgor numa actuação que só ganhou algum - e não muito - encanto quando se atreveu a investigar em territórios do rock de contornos mais celestiais.