Francisco Louçã diz que PS,PSD e CDS estão "a fugir como o Diabo da Cruz de apresentarem as suas próprias propostas". Para o líder do BE, no terceiro dia de uma campanha que já começou há muito tempo, percebe-se logo que "o curso do desastre da economia era a mola da crise política já anunciada e que se tornou inevitável".
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Agora, frisa, "a Democracia vai escolher e é isso que temos de fazer", embora considere "surpreendente e chocante que a campanha esteja a ser artificialmente conduzida".
Louçã disse, ainda, que "as notícias de hoje são muitas sondagens e cada uma diz a sua coisa. Mas o PSD escolheu falar dos seus adversários a partir de etiquetas e José Luis Arnaut comparou Sócrates ao Drácula".
O líder bloquista diz que "do outro lado encontramos uma demonstração de prosápia que chega a ser comovente" - referindo-se a Paulo Portas - onde se espera que "o presidente anuncie ser candidato a primeiro-ministro" : E ele "já diz que ganha à esquerda toda".
Para Louçã a campanha eleitoral do PSD é "uma câmara de horrores. Mas o que surpreende é ser uma forma vazia de fazer política onde não há uma ponta de ideia ou esboço de proposta. Não há uma atenção ao país pois tudo está virado para o umbigo. Para isso só há uma explicação: é que não querem que as pessoas conheçam o seu programa".
Louçã frisou que "nestas, que são as mais claras eleições de sempre, os partidos têm toda a verdade nos programas que existem e estão calendarizados mês a mês, trimestre a trimestre com fiscais que chegam à Portela. Está tudo escrito pela primeira vez e eles não querem falar de nada".
Já Cecília Honório, deputada do BE por Faro, assegurou que estão "prontos para a luta" e considerou que o caso da Groudfource se tratou de uma "verdadeira traição à região". Sobre as portagens na via do Infante considerou que estas eram uma infâmia". Assegurou ainda que "é um negócio ruinoso e que se reforçou recentemente com mais dez mil milhões dados aos grupos económicos".
Cecília Honório frisou que os partidos de direita abandonaram o "povo do Algarve, que é um povo de esquerda e que vai combater as troikas de fora e de dentro". Portugal não precisa de ser governado pelos 'sobrinhos' portugueses da senhora Merkel, defendeu.