Passos Coelho disse, esta terça-feira à noite, num jantar em Castelo Branco, que não quer ser primeiro-ministro "para ter um penacho" e pediu aos cerca de dois mil apoiantes que participaram no jantar-comício para que levem a mensagem a todos os que encontrarem até às eleições.
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"Hoje já só faltam 10 dias para acabar a campanha eleitoral e faltam 12 dias para podermos ter uma grande mudança no país. Nestes 12 dias que temos pela frente, digam a todos aqueles com quem se encontrarem: 'Eu estive com o Passos Coelho e eu sei o que ele quer. Ele não quer ser primeiro-ministro para ter um penacho. Ele quer mudar Portugal'. E digam a todos: 'O Passos Coelho não quer fazer tudo sozinho. O Passos Coelho quer mudar Portugal com os portugueses'".
Num jantar com cerca de dois mil apoiantes - o mais participado até ao momento e onde teve o apoio do ex-líder Rui Machete - Passos disse que está a aproximar-se "o momento da verdade para Portugal". E, invocando a sua experiência de gestor de empresas, lembrou que "nunca despediu ninguém, nem fez cortes nos salários".
"Desculpem-me esta comparação, mas eu nunca levei nenhuma empresa à falência", disse, insistindo que "alguém que leva um país à bancarrota" o que merece é "ser substituído", disse, acreditando que é isso que vai suceder a José Sócrates.
Durante o dia em Portalegre e Castelo Branco, Passos insistiu que não quer ser primeiro-ministro para ser "dono de Portugal". mas que quer "um contrato de confiança com os portugueses.
Passos Coelho referiu-se ao de leve às sondagens, "mesmo àquelas que à última hora vêm dizer que estamos empatados", referindo-se a uma sondagem divulgada pelo JN e pelo DN e que aponta para um empate entre PS e PSD. E disse que todas as sondagens revelam que "quase 70% dos portugueses não querem este Governo" pelo que insiste que a sua decisão de não aceitar governar com o PS é a decisão preferida pelos portugueses.