Rui Rio "é incoerente", "fez no presente o que criticou no passado". O PSD não o castigará pelas recentes declarações públicas, mas ele terá de "responder pelos seus atos". Marco António Costa (MAC), agora promovido a porta voz e a coordenador permanente da Comissão Política Nacional do PSD, saiu este sábado em defesa do partido contra o presidente da Câmara do Porto.
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Quatro dias depois de Rui Rio ter afirmado, em entrevista à RTP, que jamais poderia apoiar e votar em Luís Filipe Menezes para a Câmara do Porto, acusando o PSD de "desonestidade" na escolha do candidato a seu sucessor, MAC sublinhou "que as palavras de Rui Rio revelam incoerência."
A justificação está no exercício de memória que remete para a primeira eleição do autarca. "Em 2001, ele queixava-se muito da deslealdade que constituía a falta de apoio de muitos dirigentes e militantes", recordou. "É pena que tenha mudado de opinião e que infelizmente tenha feito agora o que criticou no passado", lamentou o porta-voz do PSD.
No partido, esclareceu, "existe um código de solidariedade que deve ser cumprido por todos os responsáveis políticos". Rio terá quebrado esse código e afirmou na entrevista que não estranharia se fosse sancionado pelo PSD. Mas MAC garante que o partido não o fará. "Somos um partido tolerante, não temos uma visão sectária nem perseguimos quem quer que seja". No entanto, ressalvou, "só contamos com aqueles que querem ajudar". E se Rio aparentemente não é um desses, "terá de pagar com a consciência pelos seus atos."
MAC esteve este sábado em Gaia a impulsionar a candidatura de Carlos Abreu Amorim, que está em terceiro lugar nas sondagens do JN, e garantiu que o PSD "não tem medo das eleições". Quem tem medo, disse, é o PS. Se os socialistas aceitarem, ele está disponível para travar debates. Só coloca uma condição: "Apresentem-se com um dirigente do antigo Governo."