Deram mais de duas horas de concerto e foi a custo que saíram do palco, por entre agradecimentos e acenos. Os Metallica voltaram a incendiar a legião de fãs portugueses, que não falham uma passagem da banda pelo nosso país.
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Eram a banda mais esperada da noite e não goraram a expectativa dos milhares que se dirigiram ao Passeio Marítimo de Algés para os ouvir. Assim que os primeiros acordes soaram, pouco passava das 23h30, era ver a correria em direcção ao Palco Optimus.
Os fãs mais devotos há horas que guardavam lugar nas primeiras filas, ao invés dos que iam circulando mais atrás, e quando a banda entrou em palco foi recebida com o entusiasmo que se repete de ano para ano.
Ao longo de mais de duas horas a banda tocou músicas do seu último disco, “Death Magnetic”, e desfilou êxitos incontornáveis como “Nothing Else Matters”, “Sad But True” ou “Enter Sandman”.
A simplicidade do cenário, um fundo negro e pequenas plataformas para os músicos, contrastava com os jogos de luzes e com o fogo-de-artifício que iluminou o final da primeira noite do Alive.
James Hetfield, o vocalista, primou pela empatia com o público durante todo o concerto.
Dirigiu-se várias vezes aos fãs, pedindo-lhes para cantarem, para cantarem mais alto do que já tinham cantado até ali, ou para elogiar a família Metallica portuguesa, incansável a cada concerto da banda.
Em palco, a satisfação da banda era indisfarçável, prova de que também já sabem o que esperar do público português, ou não fosse, no final, Hetfield ter chamado aos fãs “grandes malucos”.
No início do concerto, Hetfield perguntou: “Lisbon, are you Alive?”. A reposta obteve-a no final, depois de muitas palmas, “moches” e braços no ar: Sim. Lisboa está viva.