A fragilidade das Warpaint, quarteto de Los Angeles que subiu ao palco logo após Twin Shadow, é ilusória. O art-rock do grupo que conta com apenas um disco no bornal não desmerece em nada da qualidade de outras bandas com mais créditos, das Breeders às Electrelane.
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A actuação de Emily Kokal, Theresa Wayman, Jenny Lee Lindberg e Stella Mozgawa foi mesmo uma das boas surpresas até ao momento do festival. Comunicativas, souberam criar com a plateia um óbvio vínculo desde o início do concerto, desfazendo-se em elogios ao local que as acolheu.
Menos convincentes foram os Blonde Redhead, curiosamente também liderados por uma vocalista, Kazu Makino. O que o trio formado em Nova Iorque (mais um...) ganha em experiência face ao grupo que o precedeu, perde num défice de entusiasmo, bem patente no modo quase automático como foram interpretando os temas.
Não significa que os momentos de entrega tenham ficado ausentes do concerto. Só que o espectáculo oscilou em demasia entre o satifatório e o sofrível.
Foi na parte final da actuação, curiosamente quando os pensamentos da plateia poderiam já estar mais disponíveis para os cabeças de cartaz, que os Blonde Redhead somaram mais pontos.