Os concertos de Bryan Adams e Stevie Wonder eram dois dos mais aguardados nesta edição do Rock in Rio e os músicos estiveram à altura, oferecendo êxitos que foram entoados até à exaustão pelas 73 mil pessoas presentes no Parque da Bela Vista.
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A aparição de Bryan Adams perante 73 mil desaguados naquela concha frente ao palco foi tarefa fácil de resolver: ao segundo tema, o cantor canadiano, hoje com 52 anos, libertou a famosa "Somebody", a primeira do afamado "Reckless", o disco de 1984 que ainda hoje permanece como o seu mais popular trabalho. E foi impressionante, por vezes arrepiante, ouvir aquela multidão cantar alto e bom som qualquer coisa como "Ai Nid Sambadi" perante o homem que erguia a guitarra em diagonal. Foi lindo.
Terminada a canção, povo muito recebeu no telemóvel a notícia da cabazada da selecção frente à Turquia mas nem isso eclipsou o entusiasmo. A dada altura, o canadiano desafiou moças do público para um dueto no palco e uma Vanessa Silva, saída da multidão, cumpriu o desafio com nota máxima. O cantor soube fazer render o seu alinhamento, não se olvidando dos hits.
Depois da saída triunfal de Bryan Adams, o público viu-se obrigado a apanhar uma hora de seca até à chegada do muito cool Stevie Wonder - e não consta que a espera tenha sido tempo perdido. Debaixo de enorme aplauso, Stevie Wonder arrancou com "Let you love come down", em pé a dar-lhe no teclado, "How sweet it is" sem demoras a acariciar a massa humana.
Rodeado por um naipe de músicos de excepção, Stevie Wonder progrediu em temas de dez ou quinzes minutos cada, sem nunca pregar seca - cena incrível - não se esquecendo dos mimos obrigatórios como o "I just call to say I love you".