Líder social-democrata diz que programa político inviabilizaria a resolução dos problemas do país.
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"O país é que deve temer, eu não tenho qualquer espécie de problema. O país julgo que devia temer uma aliança dessa natureza porque os problemas que o país enfrenta não são susceptíveis de serem resolvidos com as políticas que são anunciadas por uma hipotética participação do Bloco de Esquerda nesse governo", disse, no final de uma visita à empresa Lactogal, em Oliveira de Azeméis.
Na ocasião, Ferreira Leite desvalorizou ainda as sondagens sobre as próximas eleições legislativas, que têm colocado o PSD atrás do PS, e afirmou que "há muito tempo" não assistia a uma adesão tão grande dos portugueses em relação ao seu partido.
"Não se esqueceram ainda de quais eram as sondagens antes das eleições europeias exactamente no prazo antes das eleições, tal como neste momento se verifica", comentou, acrescentando que, ainda que as sondagens traduzissem fielmente as intenções, não mudaria "absolutamente nada" na campanha.
"Não tenciono mudar absolutamente nada na campanha nem tenho motivo para mudar porque, como têm presenciado, há muito tempo que não existia uma adesão por parte das pessoas em relação ao PSD como neste momento se verifica (...) Mesmo que não fosse isso eu não desistiria de lutar por aquilo que considero ser o bem do país", referiu.
Sobre cenários pós-eleitorais -- quinta-feira o ex-eurodeputado e cabeça-de-lista social-democrata às legislativas por Braga, João de Deus Pinheiro, pediu a maioria absoluta para o PSD -- a líder social-democrata remeteu para o veredicto dos eleitores.
"Pode acontecer tudo aquilo que os portugueses decidirem que deve acontecer e a minha posição sobre isso está de tal forma explicitada desde o primeiro dia que nada tenho a acrescentar", disse.