O presidente do PSD disse, esta sexta-feira, num almoço com representantes de Instituições Particulares de Solidariedade Social, em Lisboa, que conta com elas para ultrapassar os anos de "dificuldade enorme" que Portugal vai atravessar. E insurgiu-se contra a riqueza concentrada num "punhado de gente".
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"Sabemos que os próximos anos vão ser de uma dificuldade enorme, sabemos que não temos dinheiro", disse, insistindo que "o país vai ter que trabalhar muito para pagar o que pediu emprestado e organizar a despesa para garantir que aqueles que mais precisam são aqueles que, em primeiro lugar, receberão a nossa atenção e o nosso esforço".
Contudo, "por mais que consigamos reorganizar as nossas prioridades, poupar mais, por mais sucesso que possamos ter, nós não conseguiremos ser bem sucedidos sem a vossa intervenção", disse o líder do PSD, garantindo que acredita no trabalho destas instituições.
E depois voltou a uma das suas ideias mais fortes da campanha: "O mais importante para que uma economia cresça, para que uma sociedade seja desenvolvida, é a confiança. Com a batota nunca teremos uma sociedade desenvolvida, seremos aquilo em que nos quiseram transformar: uma sociedade onde cada vez mais pessoas têm cada vez menos e onde um punhado de gente quase que é dona de Portugal e acumula a maior parte do rendimento e da riqueza do país. É isso que nós temos que alterar", disse, no Mercado da Ribeira.
No almoço discursou também o cabeça de lista do PSD por Lisboa, Fernando Nobre, que fez um rasgado elogio ao líder do PSD. "Pedro Passos Coelho é o homem que vai demonstrar o estadista que nós precisamos neste momento de aflição", disse, acusando o PS de ter "desmantelado o Estado Social, no mímino há três anos".
O PSD passa o último dia de campanha em Lisboa. À tarde haverá uma arruada na Baixa, com saída do Arco da Rua Augusta e subida do Chiado, terminando com uma festa comício no Largo do Carmo.