<p>Num concelho, Arouca, onde é primeiro candidato à Assembleia Municipal - e Paulo Portas garante que fica, ganhe ou perca -, o líder do CDS acentuou o ataque ao PSD. "Há ainda muita gente indecisa entre nós e eles", sublinhou durante um almoço que terminou em festa, no qual se juntou a uma banda para tocar pandeireta. Veja o vídeo.</p>
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Para acabar com as dúvidas do eleitorado, o candidato centrista reiterou as principais diferenças entre as posições, ou hesitações, do PSD e os "compromissos" concretos do CDS. Portas fez a lista. Nos impostos, o PSD apenas diz que não vai aumentá-los, o CDS defende a redução selectiva. Na segurança, o PSD concorda com as leis penais, o CDS defende a sua revisão, porque "facilitaram a vida aos delinquentes". Na supervisão do sistema financeiro, o PSD hesita, o CDS não tem receio em afirmar que o governador do Banco de Portugal "é incompetente". Na agricultura, o PSD só fala em altura de campanha, o CDS mantém-se voz activa durante toda a legislatura. No rendimento mínimo, o PSD diz que não mexe, o CDS defende a sua redução, para favorecer as pensões.
Num discurso voltado à Direita, Portas não esqueceu, contudo, o PS e José Sócrates, que ontem de manhã também passaram por Arouca. "É este o primeiro-ministro que fala de justiça social, que vem a Arouca com as carrinhas do partido e com povo que veio de fora?", questionou Portas, num almoço que juntou cerca de quatro centenas de pessoas. E se Sócrates, acusou o líder do CDS, chegou com gente de fora, Portas quer mesmo ficar em Arouca.
É o "ás de trunfo" da candidatura autárquica centrista, enfatizou Costa Gomes, cabeça-de-lista à Câmara de Arouca. "Acho que vou ser eleito. E cá estarei. Mesmo que não seja eleito, cá estarei também", assegurou Portas, que voltou a ser apresentado como "futuro primeiro-ministro".
A surpresa tomou conta da comitiva do CDS com a improvável presença no almoço de Arouca: a bloquista Joana Amaral Dias, na pele de jornalista. "Temos aqui uma pessoa que não pensa nada como nós, mas não pensem que ela aderiu ao CDS!", observou Paulo Portas. "Recebemos quem não pensa como nós com óbvia simpatia e com óbvia tolerância", acrescentou.