<p>O especialista publicitário Carlos Coelho analisou os cartazes de campanha dos cinco principais partidos às legislativas e considerou que a qualidade dos anúncios é globalmente "má", elegendo o cartaz da CDU como "vitorioso" nos terrenos do marketing.</p>
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"Se se optar pela simplicidade que se tira da genuinidade de um candidato", o cartaz de Jerónimo de Sousa e da CDU vence o duelo com os restantes partidos, afirma à Lusa o gestor e criador de marcas.
O cartaz da CDU em análise apresenta Jerónimo de Sousa ao eleitorado como "um avô doce, simpático", uma simplicidade publicitária que pode ser "renovadora" e funcionar "bem em termos de imagem para o partido".
Numa abordagem individual dos cartazes, o gestor de marcas acredita que o cartaz actual do PS consiste num "terceiro ciclo" publicitário do partido encabeçado por José Sócrates, que surge numa pose pré-presidencial",.
No que refere ao cartaz do PSD, Carlos Coelho olha "tecnicamente" para a imagem do PSD como uma "anti-imagem", pontuada por "uma certa arrogância anti-marketing" que "resulta numa má qualidade de comunicação, quer ao nível do discurso quer ao nível da imagem" de Manuela Ferreira Leite, "que em nada a favorece".
Sobre o cartaz do Bloco de Esquerda, "mais simples", o gestor defende que "esta simplicidade do BE é uma das grandes desilusões da campanha" a nível publicitário. Quanto aos do CDS-PP, é da opinião que "não demonstram nem a inteligência nem a experiência" de Paulo Portas.