O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel acusou José Sócrates de ter criado um "clima de medo e intimidação" em Portugal e comparou o líder do PS ao presidente venezuelano para defender que está em causa a "defesa das liberdades".
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"Este clima de medo e de intimidação nunca existiu em Portugal desde o 25 de Abril e é de facto uma obra e um legado do engenheiro Sócrates (...) O primeiro-ministro ontem fez um ataque ao director do Público absolutamente inacreditável. Não há nenhum país da Europa onde isto aconteça. Isto só na Venezuela e com Chávez é que acontece", disse, à margem de uma acção de rua da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, na baixa de Coimbra.
Para o ex-cabeça-de-lista social-democrata às eleições europeias, os "constantes casos e notícias" que têm dominado a campanha resultam da "agenda do engenheiro Sócrates" para criar um "clima de condicionamento" e "não param de dar razão" ao discurso em que o PSD tem insistido nestas eleições.
"Nunca aconteceu isto numa campanha, nem com Mário Soares, nem com Guterres, este é um PS de condicionamento. O primeiro-ministro definiu dois alvos, a TVI e o Público. Atingiu há 15 dias a TVI, atinge agora o Público. Portanto, isto não são coincidências, é um problema de condicionamento", frisou.
O deputado social-democrata ao Parlamento Europeu definiu, por isso, como uma das principais tarefas no país a "defesa das liberdades".
"Hoje não há confiança nas comunicações. Quando falamos ao telefone, quando temos um e-mail, um sms, temos receio de falar abertamente. Ora, este clima de medo e de intimidação nunca existiu em Portugal desde o 25 de Abril e é de facto uma obra e um legado do engenheiro Sócrates", apontou.
Paulo Rangel Pediu, por isso, aos eleitores para darem a 27 de Setembro "um sinal de grande reprovação" ao PS.