Em Viana do Castelo, líder do PSD reiterou que "mais nada" dirá sobre a alegada compra de votos dentro do partido.
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No final de uma manhã de campanha pelo centro de Viana do Castelo, que incluiu uma visita a um Gabinete de Apoio à Família (GAP) local, Manuela Ferreira Leite desvalorizou a alusão feita pelo presidente da Juventude Social-Democrata (JSD), Pedro Rodrigues, à licenciatura do primeiro-ministro, considerando-a "irreverente, mas educada".
"O presidente da JSD não disse nada de muito diferente do que já tinha dito várias vezes. Falou no facilitismo no sistema educativo e foi inserido nesse tema que ele citou o caso. Julgo que o fez talvez de forma irreverente, mas educada, como é próprio da juventude", comentou Manuela Ferreira Leite.
A líder do PSD recusou que o assunto tenha sido propositadamente "repescado" para a campanha.
"Ninguém repescou assuntos nenhuns, e, portanto, não vale a pena insistir num ponto que eu própria na campanha não introduzi, disse que não introduzia e que provavelmente qualquer outro partido poderia ter tirado efeitos de muitos outras questões que nunca tirámos", disse.
Ferreira Leite preparada para "mais histórias" até às eleições
Quanto à notícia da revista “Sábado”, que, apoiando-se em testemunhos de vários militantes e ex-militantes sociais-democratas, refere que os candidatos a deputados António Preto e Helena Lopes da Costa sabiam e pactuaram com as práticas de compra de votos no partido, Ferreira Leite disse estar preparada para “mais histórias” até ao final da campanha eleitoral.
"São casos recorrentes e que, a serem apresentados recorrentemente oito dias antes das eleições, leva a perceber qual é o objectivo desse tipo de histórias. Espero mesmo que não apareçam muito mais histórias, mas também já estou à espera que apareçam porque costuma ser assim e eu já estou preparada para isso", disse.
"São casos que eu desconheço, cujas actuações eu condeno", frisou Ferreira Leite, acrescentando que não dirá "mais nada" sobre o assunto.