Em 20 anos (quase) tudo pode mudar, até a energia outrora transbordante de "Last splash", obra-maior das norte-americanas The Breeders, que o interpretaram na íntegra no primeiro concerto de monta do Primavera versão 2013.
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A simpatia extrema de Kim Deal, que fez questão de se exprimir num português digno de fazer inveja a muitos treinadores encartados, provocou imediata afinidade com a plateia. Mas, por muito boa vontade manifestada por ambos, faltou nervo a um concerto a que se pediria uma maior irreverência. Em homenagem até a um disco tão central como "Last splash".
Antes, os Wild Nothing trouxeram ao ainda ensolarado recinto uma pop luminosa que, embora demasiado influenciada pelos anos 80, cumpriu a preceito a missão de fazer ecoar pelo recinto vibrações positivas. Uma evidência que resiste até ao mais recente álbum dos norte-americanos, ironicamente intitulado "Nocturne".
My Bloody Valantine, Cure e Jesus and Mary Chain são as bandas tutelares do grupo norte-americano que, ciente das suas limitações, não arrisca um milímetro sequer, optando por seguir a cartilha dos mestres.