O candidato social-democrata à Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, manifestou-se hoje, domingo, disponível para entendimentos com outras forças políticas caso ganhe sem a maioria absoluta que continua a pedir.
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Em declarações aos jornalistas durante uma visita matinal à Feira do Relógio, Santana Lopes afirmou que ter a maioria absoluta "é muito importante para os próximos quatro anos em Lisboa, para a relação de força e legitimidade da Câmara e para relação que queremos ter com o engenheiro José Sócrates", disse.
"Não queremos ter muita força para entrarmos em conflito, queremos ter força para resolver os assuntos tão bem e tão depressa quanto possível, é disso que Lisboa precisa", acrescentou.
Caso a coligação Lisboa com Sentido (PSD, CDS-PP, MPT, PPM) não chegue à maioria absoluta, Pedro Santana Lopes afirmou estar disponível para compromissos, destacando que "há pontos muito positivos" nos programas das candidaturas das outras forças políticas.
Reiterando que tem "visto pouco" as candidaturas da CDU e do Bloco de Esquerda, frisou que "não tem preconceitos" em procurar alianças caso não obtenha maioria absoluta.
"Se ganhar, como espero, não vou excluir ninguém. Como não tenho certeza [de ter maioria absoluta], antes das eleições quero dizer que estou com vontade de trabalhar, e até mesmo com maioria absoluta, com todas as forças políticas na Câmara", referiu.
Santana Lopes está confiante num "virar" das intenções de voto a seu favor, apesar das sondagens, e afirma que é possível pelo menos igualar os votos que o PSD obteve no concelho de Lisboa, senão mesmo "mais um bocadinho".
Num percurso de cerca de uma hora pela Feira do Relógio, Santana Lopes ouviu dos feirantes queixas quanto à falta de lugares de estacionamento e às taxas demasiado altas para as bancas.
Confundido por alguns com Paulo Portas, um Santana Lopes bem-disposto revelou os seus dotes culinários – "bifes, ovos, canja de galinha, fruta cozida" a um vendedor que lhe propôs comprar um tacho.
"Tachos, não", afirmou o social-democrata, que também recusou outra proposta de um vendedor que o aliciou com: "É da Lacoste... hoje não vai nada?".