Scorpions entraram em força no Marés Vivas com muito público no recinto. Será que a idade não passa na Alemanha? Pouco depois, os Guano Apes brilharam. Uma noite de festival em Vila Nova de Gaia. Veja fotos do 2.º dia do Marés Vivas <a href="http://jn.sapo.pt/blogs/festivaisdeverao/default.aspx">AQUI</a>
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Com um arrepiante início, precedido de música clássica, as guitarras a rasgar tiveram o público na mão desde o primeiro momento. As poses rockeiras, muito vistas nos anos 80, com os tradicionais "corninhos" feitos com as mãos, tomaram conta do palco e da plateia.
Com "Here I Am", o público teve a primeira oportunidade de cantar com os músicos, que não se cansaram de gritar "Porto!". Os portugueses amam a banda. "Scorpions, Scorpions!", ouvia-se nos intervalos das músicas.
Se Kaiser Chiefs deram um grande espectáculo na quinta-feira, a banda de Klaus Meine "partiu tudo" com a experiência de muitos anos de estrada e uma boa forma, apesar da veterania. Até a reservada zona VIP se deslocou para a balaustrada para assistir ao concerto dos alemães.
Depois do quase perfeito espectáculo rock dos Scorpions não seria fácil aguentar o nível e muitas pessoas não acreditaram que tal seria possível e abandonaram o recinto. Todavia os Guano Apes entraram com You Can't Stop Me em jeito de aviso que não se iriam deixar ficar. E, confirmaram. Deram, até ao momento, o concerto mais intenso do festival. Em Lord of the Boards, tema que fechou a actuação, o guitarrista da banda saltou mesmo de uma das colunas de som para o público.
Em menor número, mas em igual intensidade, os fãs de Guano rapidamente ocuparam a frente do palco e gastaram as energias que tinham poupado. À frente, corpos tocavam-se e empurravam-se num movimento contínuo e desordenado, por vezes fazendo mossas, mas ninguém parecia muito afectado.
Temas como Open Your Eyes e No Speech foram ouvidos com euforia, já em Don't Give Me Names o emocional ganhou ao físico e as vozes do público sobrepuseram-se à da própria vocalista.
Realce ainda para a apresentação, em primeira mão, de algumas músicas novas que podem indiciar um novo disco a caminho, depois de um intervalo de quase cinco anos. Pela amostra, a fórmula é a mesma: batidas fortes a marcar o ritmo, riffs agressivos e refrões melodiosos.