Portugal tem, este domingo, em Kharkiv, diante da Holanda, um dos jogos mais ingratos da história. Pode ganhar e ser eliminado, como também pode perder e seguir para os quartos de final. Haja coração!...
Corpo do artigo
Um dia, João Pinto, capitão do F. C. Porto, deixou escapar uma frase que logo se eternizou. "Prognósticos? Só no final do jogo".
Pois o que se passa com a seleção portuguesa no Grupo B do Euro 2012 é ainda mais difícil de prever. Prognósticos? Nem no final do jogo... Ganhar e voltar a casa ou perder e seguir para os quartos de final são cenários possíveis e que sublinham, a tinta fluorescente, o que sempre se disse da série onde está Portugal. É mesmo um grupo da morte!
A verdade é que a equipa das quinas tem de fazer a sua parte - derrotar a Holanda - e esperar que o desfecho do Alemanha-Dinamarca, em Lviv, vá ao encontro das pretensões lusitanas. Esquecendo as contas do apuramento e olhando, apenas, para o que se irá passar no relvado do Metalist Stadium, é seguro que Paulo Bento repetirá o onze adotado nas duas partidas anteriores, depois de ter chamado a atenção aos jogadores das falhas defensivas ocorridas diante da Alemanha e da Dinamarca. A necessidade de fechar o flanco esquerdo com outra eficácia também foi, naturalmente, abordado, até porque, do outro lado do campo, vai estar uma equipa com um ADN ofensivo impressionante, apesar de, neste Euro, só ter marcado um golo.
Aliás, essa é a grande dúvida: que Holanda vamos ter? A da fase de qualificação, que foi "só" a equipa mais concretizadora de todas, com 37 golos, ou a que tem desiludido na Ucrânia? Essas e outras questões só serão respondidas quando a bola começar a rolar. Já quanto ao apuramento, só após o último apito e depois de feitas as contas, uma vez que a tabuada dos quartos não é mesmo nada fácil de decorar...