No dia 14 da invasão, um ataque aéreo russo destruiu por completo a maternidade de um hospital na cidade de Mariupol, onde as tentativas de retirada de civis têm fracassado. Entre avanços e recuos nos corredores humanitários, surge o medo ocidental de um ataque com "armas químicas" para a tomada de Kiev.
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- O dia amanheceu triste na cidade ucraniana de Sumy. Um ataque aéreo da Rússia, durante a madrugada, matou 22 pessoas, incluindo três crianças. As forças invasoras bombardearam uma área residencial.
- A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Verechtchouk, confirmou que os dois países em conflito chegaram a acordo quanto ao cessar-fogo em zonas onde foram estabelecidos corredores humanitários. Um negociador ucraniano adiantou, ao final da tarde, que foram retirados 40 mil civis do país esta quarta-feira.
- Os representantes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) estiveram reunidos em Bruxelas, esta quarta-feira, e aprovaram mais sanções contra oligarcas russos e contra três bancos bielorrussos.
- A primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, pronunciou-se pela primeira vez desde o início do conflito. Numa carta publicada no site da Presidência, relatou alguns dos horrores da guerra cometidos contra crianças e mulheres e apelou ainda à comunidade internacional que continue a ajudar a Ucrânia a lutar contra este "assassinato em massa de civis ucranianos".
- A China confirmou que vai enviar ajuda humanitária para a Ucrânia (no valor de 721 mil euros), mas continua a opor-se às sanções impostas à Rússia.
- O fornecimento de energia elétrica para a central nuclear de Chernobyl e para os respetivos equipamentos de segurança foi "completamente" cortado devido às ações militares russas, anunciou o distribuidor de energia ucraniano, a Ukrenergo. Ainda assim, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) já esclareceu que o corte energético no local onde ocorreu, em 1986, o pior acidente nuclear do mundo, "não tem grande impacto sobre a segurança".
- De acordo com a ONU, a guerra na Ucrânia matou pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças, mas "os números reais são consideravelmente mais elevados".
- Um ataque aéreo russo destruiu a maternidade e a ala infantil de um hospital na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia. De acordo com as autoridades locais, "a destruição é colossal" e há relatos de muitos mortos e feridos.
- Milhares de soldados mortos e combates intensos: os números de duas semanas de guerra na Ucrânia.
- As autoridades ocidentais temem que Vladimir Putin ordene a utilização de "armas químicas" para concretizar a tomada da capital ucraniana. Segundo avança a Sky News, há a "séria preocupação" de que um "ataque horrível" seja desencadeado em Kiev, de forma a resolver os problemas logísticos que, aparentemente, estão a atrasar a chegada das tropas russas à cidade.