Grupo de advogados e juristas posiciona-se condena a crise humanitária na Palestina.
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Um grupo de advogados portugueses lançou uma petição na Internet, intitulada "Carta Aberta - Que se ponha fim à inação perante o horror", aludindo aos últimos acontecimentos na Faixa de Gaza, “onde se agudiza a crise humanitária perpetuada há tempos, resultando violados os mais básicos direitos humanos, afetos à dignidade da vida humana”.
“Partilhamos uma carta-aberta que visa agregar os advogados e juristas portugueses pela reivindicação do cessar-fogo imediato em Gaza. Apelamos a todos para que se juntem a este clamor por compaixão, razão e mediação. Pelos quase 54 mil mortos em Gaza. Pelos sobreviventes — famintos, feridos, marcados para sempre”, disse ao JN o primeiro subscritor, o jurista Nuno Albuquerque, de Braga.
A petição reclama ainda a distribuição imediata e sem restrições de alimentos e ajuda médica em Gaza, sob coordenação da ONU. E pede que se imponham "sanções ao Estado de Israel, caso o Governo israelita ignore este apelo — que é também o apelo do mundo — por um cessar-fogo imediato”, que “garanta segurança e justiça para todos os palestinianos, a libertação de todos os reféns israelitas e a libertação dos milhares de prisioneiros palestinianos detidos arbitrariamente”.
“Esta luta não pode ser indiferente a uma classe profissional e académica que, diariamente, pugna pela defesa de direitos, liberdade e garantias. Esta guerra compromete-nos a todos. Somos testemunhas. E recusamo-nos a ser cúmplices pelo silêncio”, diz o advogado, apelando à subscrição da missiva.
O documento acentua que os subscritores não têm "qualquer antissemitismo nem preconceito, hostilidade ou discriminação contra judeus", nem advogam, pela defesa de um Estado da Palestina. “Trata-se da destruição de toda a sociedade, das suas casas, dos seus edifícios, das suas escolas, dos seus hospitais, da sua arqueologia, das suas ruas. Da falta de comida, água, eletricidade, em suma, da aniquilação de uma população”, conclui a carta aberta-