Três homens foram acusados, na quarta-feira, do homicídio de Ahmaud Arbery, um afro-americano morto a tiro em fevereiro deste ano, enquanto corria num bairro em Brunswick, no Estado norte-americano da Georgia.
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Greg e Travis McMichael, pai e filho, de 64 e 34 anos, e William Bryan Jr., de 50, foram acusados de homicídio e agressão agravada - um "grande passo para fazer justiça" no caso de Arbery Ahmaud, nas palavras da procuradora Joyette Holmes.
Arbery, 25 anos, foi morto a tiro em fevereiro, quando corria no bairro onde morava. Os responsáveis foram Greg e Travis McMichael, que o perseguiram numa carrinha, armados, e ainda um vizinho, que se juntou à perseguição.
Greg justificou à Polícia que suspeitava que Arbery era assaltante e que teria atacado o seu filho, antes de ser alvejado. Mas, de acordo com a família, o jovem tinha saído para correr, como fazia frequentemente. Foi só em maio, dois dias depois de um vídeo filmado por um dos suspeitos ter sido divulgado, que os três indivíduos foram detidos.
A morte de Arbery tem sido frequentemente invocada durante os protestos contra o racismo desencadeados pela morte de George Floyd às mãos da Polícia, em Minneapolis, no mês passado. O caso também deu novo impulso a uma lei estadual sobre crimes de ódio no estado da Georgia, aprovada na terça-feira.