Porta-vozes da chanceler alemã Angela Merkel manifestaram, esta segunda-feira, a oposição ao fim da troika, hipótese que, segundo a imprensa internacional desta segunda-feira, estaria a ser ponderada pelo Executivo Europeu como concessão política ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
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"Não há nenhum motivo para nos afastarmos desse mecanismo credível", disse fonte do Governo alemão, citada pelo jornal espanhol "El Pais", comentando o hipotético final da troika, composta pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE).
O ministério das Finanças, liderado por Wolfgang Schäuble, mostrou também ceticismo quanto a alterações no organismo que, nos últimos cinco anos, coordenou os regastes financeiros à Grécia, Irlanda e Portugal. Os porta-vozes do ministério destacaram que o mecanismo ligado às três instituições está incluído nos acordos assinados para acionar o fundo de resgate. A equipa de Schäuble insiste que os acordos não podem ser alterados unilateralmente.
O jornal económico alemão "Handelsblatt" escreve na edição desta segunda-feira que o Governo de Merkel estaria disposto a "reformar" o mecanismo da troika. Segundo o jornal, poderiam ser suspensas as viagens a Atenas dos funcionários da Comissão, do BCE e do FMI, muitas vezes percecionadas na Grécia como autênticas humilhações.
O recém -eleito ministro das Finanças, Yanis Varufakis, deixou já claro que não considera estes funcionários como seus interlocutores, e que se dirigirá diretamente aos responsáveis políticos dos Estados-membros.