Os apoiantes do regime de Muammar Kadafi terão mais uma semana para se renderem. O anúncio do prolongamento do ultimato foi feito, esta quinta-feira, por um porta-voz do Conselho Nacional de Transição, em Benghazi.
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Citado pela agência Lusa, Mohammed Zawawi refere que o ultimato se estende às regiões do sul e do centro da Líbia, e acrescenta: "Vamos dar-lhes mais uma semana. Sirte (cidade natal de Kadafi) não é um objectivo assim tão estratégico que justifique a precipitação".
Kadafi, cujo paradeiro permanece desconhecido, divulgou uma mensagem de áudio aos seus apoiantes, pedindo-lhes que continuassem a luta contra os rebeldes. "Mesmo que não escutem a minha voz, continuem a resistir", apelou o coronel, garantindo que "existem divergências entre a aliança da agressão [NATO] e os seus agentes [os rebeldes]".
"Não vamos render-nos. Não somos mulheres e vamos continuar a lutar", sublinhou o líder líbio, reforçando a vontade de continuar a luta, mesmo que a Líbia seja "destruída".
A mensagem de Kadafi surge no mesmo dia em que se realiza, em Paris, uma conferência internacional para a discussão da transição democrática na Líbia.
A 1 de Setembro de 1969, Muammar Kadafi liderou o golpe que depôs o rei Idris e o conduziu ao poder por 42 anos.