O centro de imprensa do Governo afegão aumentou para 90 o número de mortos no atentado com um camião armadilhado esta manhã de quarta-feira em Cabul, atualizando também o número de feridos para 400.
Corpo do artigo
8520933
O anterior balanço do ataque, ocorrido cerca das 8.25 horas (4.55 horas em Portugal continental) no bairro diplomático de Cabul, era de 80 mortos e mais de 300 feridos.
O centro de imprensa indica como fonte do novo balanço o Conselho Afegão de Ulemas, o principal órgão religioso do país que inclui clérigos muçulmanos e académicos sobre Religião e Direito.
"Realizar tais ataques no mês sagrado do Ramadão é completamente contra a Humanidade", considerou aquele conselho, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press.
O atentado, um dos piores dos últimos anos no Afeganistão, ainda não foi reivindicado, tendo um porta-voz dos talibãs indicado na rede social Twitter que o grupo rebelde "não está envolvido no ataque de Cabul e condena-o firmemente".
A explosão aconteceu no distrito policial 10, perto da praça de Zanbaq, na área diplomática da capital, informou na sua conta oficial de Twitter o porta-voz do Ministério afegão do Interior, Najib Danish.
O carro explodiu numa estrada muito movimentada ao início da manhã e perto da embaixada da Alemanha, disse o porta-voz da polícia de Cabul, citado pela BBC, acrescentando que "é difícil dizer qual era o alvo exato do atentado", uma vez que na zona se situam várias embaixadas, edifícios do governo e o Palácio Presidencial.
8520619
A explosão feriu funcionários da embaixada alemã e matou um guarda afegão no exterior do edifício, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel. Todos os trabalhadores da embaixada estão já em segurança, acrescentou, referindo que o ministério ativou um gabinete de crise para lidar com a situação.
O edifício da embaixada de França ficou danificado mas não há para já registo de vítimas entre os funcionários, disse a ministra francesa Marielle de Sarnez à agência Reuters.