O Governo japonês afirmou, este domingo, considerar "altamente provável" a possibilidade de o vídeo da decapitação do jornalista Kenji Goto pelo Estado Islâmico ser autêntico.
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"Atendendo à profunda análise realizada pela equipa científica da Agência Nacional da Polícia (do Japão) consideramos altamente provável", afirmou o ministro porta-voz, Yoshihide Suga, quando questionado, em conferência de imprensa, sobre a autenticidade das imagens.
O grupo radical Estado Islâmico (EI) divulgou, sábado, um vídeo, em que mostra a decapitação de Kenji Goto, capturado na Síria em outubro último, o segundo refém japonês executado no intervalo de uma semana.
Yoshihide Suga reiterou que o Tóquio não manteve contacto direto com o EI, o qual exigia a libertação da jiadista iraquiana presa e condenada à morte Sayida al Rishawi, em troca da entrega de Kenji Goto e do piloto jordano Maaz al-Kassasbeh, feito refém em dezembro depois de o seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria.
O grupo fez vários ultimatos e, no mais recente, reivindicava o cumprimento das suas exigências até ao pôr-do-sol da passada quinta-feira.
Um ambiente de crescente tensão instalou-se no Japão depois de a troca ter sido aparentemente bloqueada, com Amã a pedir uma prova de vida do piloto jordano antes de cumprir a exigência.
No início da semana, os jiadistas anunciaram que tinham executado um outro refém nipónico, Haruna Yukawa, o qual fora sequestrado em meados de agosto do ano passado quando alegadamente facultava apoio logístico a um grupo rebelde implicado na guerra civil síria e rival do EI.
Além dos dois japoneses, o Estado Islâmico reivindicou, desde agosto, ter executado cinco reféns ocidentais: três norte-americanos e dois britânicos.