As autoridades russas anunciaram a retirada das acusações contra o grupo Wagner, cuja rebelião se prolongou durante 24 horas, no passado fim de semana.
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As autoridades do Kremlin anunciaram, esta terça-feira, a retirada das acusações contra os combatentes a soldo da empresa Wagner. A rebelião armada do grupo durou 24 horas, enquanto os mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo, no passado fim de semana.
"Ficou estabelecido" que os participantes no motim "puseram termo às ações que visavam diretamente a prática de um crime", afirmaram hoje os serviços de segurança russos (FSB), citados pelas agências noticiosas de Moscovo. Nestas circunstâncias, "a decisão de retirar as acusações foi tomada a 27 de junho", acrescentou o FSB.
No fim de semana, Yevgeny Prigozhin, que lidera o grupo Wagner, conduziu uma rebelião armada de 24 horas, com os mercenários a tomarem a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e a avançar até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a "rebelião" do grupo com a necessidade de "salvar" a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.
Por seu lado, o Presidente russo, Vladimir Putin, num discurso transmitido na segunda-feira pela televisão russa, acusou os responsáveis pela rebelião de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e os seus aliados.