A cerca de duas semanas das eleições, Obama tenta conquistar o eleitorado feminino. O seu adversário, Mitt Romney, centra o discurso na "agenda vazia" do ainda presidente dos EUA.
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Depois de uma semana em que o debate eleitoral se centrou nos direitos humanos, Barack Obama tentou tirar proveitos eleitorais da posição antiaborto já assumida pelo candidato republicano.
Numa ação de campanha na Virgínia, na sexta-feira, o presidente americano acusou o adversário de sofrer de "Romnésia", fazendo um trocadilho com o seu nome.
"Se dizes que vais defender os direitos das mulheres e a seguir, num debate, afirmas que gostarias de aprovar uma lei antiaborto... podes sofrer de 'Romnésia'", afirmou.
Uma sondagem realizada pela CNN mostra que o aborto é o tema mais importante para 39% do eleitorado feminino. Os analistas consideram que o voto das mulheres pode ser fatal em estados determinantes nestas eleições.
Por seu turno, Mitt Romney acusa o candidato democrata de não ter agenda para um segundo mandato e de limitar a sua campanha a "ataques sem importância e patéticos jogos de palavras".
"Têm visto a campanha de Obama ultimamente?", perguntou Romney aos seus apoiantes em Dayton Beach. "Não têm agenda para o futuro, não têm agenda para a América, nem para um segundo mandato. É bom que eles não tenham um segundo mandato", sublinhou.
Política externa
O último debate entre os dois candidatos às eleições presidenciais de 6 de novembro realiza-se amanhã, na Florida, e será sobre política externa. Esta será a última grande oportunidade para os dois conseguirem convencer os eleitores.
Neste frente a frente, Mitt Romney irá focar a sua atenção no atentado que a 11 de setembro vitimou o embaixador americano na Líbia.
Até esse atentado, a taxa de aprovação da política externa implementada pela administração Obama era muito elevada, fruto do fim da guerra no Iraque e da retirada das tropas do Afeganistão.
Esta semana, a secretária de Estado Hillary Clinton assumiu a responsabilidade pelo que aconteceu, numa tentativa de salvar a face do presidente americano. Mas uma fonte da CIA disse, também esta semana, a alguns jornalistas de que os serviços secretos sabiam de véspera que estava a ser preparado um ataque ao consulado dos EUA em Bengasi, Líbia.
A última sondagem promovida pelo jornal americano "Washington Post" coloca Obama à frente com 49% das intenções de voto, contra 46% para Mitt Romney.